quinta-feira, 24 de abril de 2014

Chega!


Querido coração, como descrever o que sinto? Poderia ajudar-me por gentileza? É que realmente não está fácil. As palavras vão surgindo e eu vou tentando organizá-las. Faz um tempo, que parece não muito curto, que eu estou tentando compreender certas coisas. Sabe, é como se meu mundo estivesse sendo virado pelo avesso e eu tendo que me "adequar" a esse novo jeito. Sempre acreditei que a verdade é melhor do que qualquer dúvida, mas como reagir a uma verdade dita em relação a uma verdade que já existe? É muito confuso. Não era uma dúvida e sim uma certeza e, por mais que eu tentasse esconder isso de mim mesma, simplesmente chega em um momento no qual não da mais. Você tem que olhar pra dentro de si e dizer: Chega! As vezes a vida não te diz isso da melhor forma possível e você tem que estar pronto para ouvir. Talvez não tenha sido o que foi dito e sim da maneira que foi falado, apesar que se não fosse dito de tal forma poderia não ter tido tanto efeito assim. É, devo aceitar que a vida me fez acordar, que a vida me puxou e disse: Para! Por mais que doa, por mais que não tenha sido o melhor "choque de realidade", eu devo aceitar, devo aceitar porque é a verdade e ela nem sempre vem da forma que eu espero. E chega a ser incrível como um acontecimento te faz refletir sobre tantos outros. 
As pessoas sempre procuraram se encaixar em definições, em se identificar com os atores das novelas e dos filmes. As pessoas sempre buscaram ter histórias parecidas com as dos romances, em se encaixarem nas canções que tocam no rádio. Elas sempre procuraram, no fim, serem diferentes do que realmente são. Eu não sou assim. Não quero parecer com nenhuma atriz, não quero ter minha história igual ao de um livro e não procuro me encaixar em música alguma. Ah, e em relação a música, acho que você não deve querer estar nela e sim deixar que ela esteja em você. 
Eu decidi ser mais "fria", decidi na verdade, me adequar ao meio em que vivo, afinal, é o certo não é? As pessoas reclamam que eu falo muito porque não conhecem meu silêncio. Bom, mas só é possível dar o que se tem, e o que eles tem é o que cativaram. Talvez pareça um pouco "drástico" ou até mesmo "exagerado", mas é que para quem está de fora é tudo mais fácil, mais simples e mais solucionável; já para quem vive, não é bem assim. Simplesmente cansei de estar levando tudo na esportiva, de estar fechando os olhos e fingindo que não vejo o que está bem na minha frente: quer queira eu ou não, eles tem razão. Eu falo demais e minha voz irrita. Ah, e eu ainda tenho uma mania esquisita de pensar sobre as coisas e de cantar (muito mal por sinal) e isso realmente incomoda. A verdade, é que se essas pessoas não me aceitam do jeito que sou, no fundo, não gostam de mim. Eu pude aprender nesse curto tempo de vida, que quem realmente gosta de ti, te aceita do jeito que és. "Metade de mim é insuportável. A outra não aguentou e foi embora." Esta frase parece tanto comigo, até me descreve de uma maneira geral. 
A verdade, é que eu sempre fiz de tudo para alegrar as pessoas que eu gosto, para vê-las bem, mas, o que eu recebo em troca? Nada. Não vou deixar de fazê-lo, pois não se muda o que é por dentro, mas só vou realizá-lo quando necessário. Eles querem meu silêncio e isso eu darei, afinal, a maior parte do tempo passo com pessoas que me amam de verdade.
Ah, não, não acredito! Sério que estou chorando? Sinto-me tão tola agora... acho que foi o clima de desabafo. É que eu realmente estou cansada. C-A-N-S-A-D-A! É um choro aliviado: tudo isso que está dentro de mim foi dito. Sinto-me melhor agora, ou menos pior, talvez. Por hoje é só. 

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

É só mais uma história.


Era apenas uma garota. Mais uma, talvez. Ela acreditava em fadas, em anjos, em um príncipe encantado que viria salvá-la das mãos do prisioneiro. Ela acreditava ainda no velho e esperado "viveram felizes para sempre." Ela era feliz, era feliz porque tinha um coração puro, um coração que era sempre capaz de amar e perdoar. Odiar? Invejar? Não! Estas palavras não faziam parte da sua vida, a mesma nem sequer sabia o seu significado. E ela acreditava em tudo isso e o simples fato de acreditar fazia com que fosse real. Bom, pelo menos no seu mundo era. Essa garota cresceu, tornou-se madura o suficiente para saber que contos de fadas não existem. Mas quem disse que ela ligava para isso? O tempo passou e o príncipe que as pessoas tanto esperavam não chegou. As fadas também não apareceram e os anjos sequer falaram com ela. E a doce menina? Bom, ela continuou acreditando. 
O tempo continuou passando e ela continuou acreditando. E não, não se cansava de acreditar. Os que estavam ao seu redor achavam que ela era louca, que ela era louca por acreditar em contos de fadas e principalmente por esperar que a vida dela fosse um. E quem disse que a mesma se importava com isso? E ela era feliz, era feliz porque não se importava com a opinião dos outros. O tempo nunca deixou de passar e ela nunca deixou de acreditar. Ela ia todos os dias para a floresta e depois voltava para casa. Ela via as fadas, os anjos e até mesmo seu príncipe encantado. E todos continuavam a achar que ela era louca, e enquanto isso ela era feliz. Enquanto todos a julgavam, ela era feliz. E ela era feliz porque aprendeu que a única pessoa que pode dar sentido a sua vida seria ela, que a única pessoa que podia transformar mágica em realidade, seria ela. E a mesma passou a ver o mundo de outra maneira. A Lua era sua fada (pra quem ela contava tudo), as estrelas eram seus anjos (pra quem ela pedia conselhos) e o seu príncipe encantado estava lá, porque ele procurava alguém como ela. Ele sempre estava lá, tão real quanto o sentimento que um tinha pelo outro. E ela? Ela era feliz, era feliz porque soube encontrar sua felicidade nas coisas mais simples. Ela não precisava de muito pra ser feliz, o que tinha já era suficiente. E eles? Eles foram felizes... Felizes para sempre...

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Cubo mágico.


Como posso descrever? Ultimamente ando muito confusa. Um turbilhão de pensamentos, sentimentos e emoções. Como controlar tudo isso? Atualmente penso, repenso e penso novamente em tantas coisas até adormecer. E quanto mais eu penso, mais confusa fico. Muitas coisas acontecendo ao mesmo tempo, coisas das quais nunca imaginei acontecer. E agora? O que fazer? Arriscar ou não? Trocar o certo pelo duvidoso? Tentar ou não tentar? Tantas perguntas e nenhuma resposta. É como se a minha vida fosse um cubo mágico: quanto mais eu tento solucionar mais complicado fica. É como se as soluções fugissem de mim ou fossem tão óbvias a ponto de passarem despercebidas. Bom, devo ser franca, e sinceramente, nunca gostei do óbvio. Coisas muito fáceis, muito "na cara", não fazem meu estilo, não combinam comigo. Eu gosto do que é complicado, eu gosto do que tem mistério, eu gosto do que não consigo desvendar. Isso me fascina. Não posso fugir dos meus pensamentos, não posso simplesmente fingir que nada disso está acontecendo. Queria tentar entender e ao mesmo tempo não queria entender nada. Como pode? Talvez não entender seja a solução. Mas, quem disse que quero solução? Por mais que eu tente solucionar, sinto que não quero solução. Acho que gosto do que é complicado. Talvez eu só deva aceitar tudo que está acontecendo e fazer de tudo isto um aprendizado. É, talvez o segredo não seja entender, mas sim aprender. 


Quase sem querer.


"Tenho andado distraído
Impaciente e indeciso
E ainda estou confuso
Só que agora é diferente
Estou tão tranquilo e tão contente

Quantas chances desperdicei
Quando o que eu mais queria
Era provar pra todo o mundo
Que eu não precisava
Provar nada pra ninguém

Me fiz em mil pedaços
Pra você juntar
E queria sempre achar
Explicação pro que eu sentia
Como um anjo caído
Fiz questão de esquecer
Que mentir pra si mesmo
É sempre a pior mentira
Mas não sou mais
Tão criança a ponto de saber tudo

Já não me preocupo se eu não sei por que
Às vezes o que eu vejo quase ninguém vê
E eu sei que você sabe, quase sem querer
Que eu vejo o mesmo que você

Tão correto e tão bonito
O infinito é realmente
Um dos deuses mais lindos
Sei que às vezes uso
Palavras repetidas
Mas quais são as palavras
Que nunca são ditas?

Me disseram que você
Estava chorando
E foi então que eu percebi
Como lhe quero tanto

Já não me preocupo se eu não sei por que
Às vezes o que eu vejo quase ninguém vê
E eu sei que você sabe quase sem querer
Que eu quero mesmo que você."





sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Idas e vindas.


É, faz um tempo que não venho aqui. Confesso que tinha pensado em parar de escrever, mas vejo que não o posso fazer. Como me desligar do que me faz bem? Sabe, escrever faz parte de mim. Talvez seja ousadia em dizer, mas acho que as palavras me escolheram. Não gosto de pessoas que escrevem para que os outros a entendam. Quer ser entendido? Vai ao psicólogo. O bom é escrever para se expressar, para colocar em palavras o que não pode ser dito. Que diferença faz o que o outro pensa? Que diferença faz o que ele vai ou não achar? A verdade é que as vezes nos preocupamos tanto em mostrar as pessoas que fazemos o que é certo e acabamos esquecendo de fazê-lo verdadeiramente. E pra que tentar agradá-las? As mesmas acabam por ir embora de nossas vidas. Querendo ou não, são poucos os que realmente ficam, sabem por quê? Porque começamos a vida só e assim terminaremos. Desta vida, meu bem, só uma coisa é certa: a morte. Enquanto os dias vão passando, temos que ir recomeçando, afinal, todo dia é um recomeço. E entre essas idas e vindas que a vida me proporciona, aqui estou outra vez. 






sexta-feira, 14 de junho de 2013

O que estou sentindo hoje.


Hoje resolvi escrever um pouco do que estou sentindo, preciso desabafar. Muitas coisas aconteceram em tão pouco tempo. Parece que foi ontem que eu fiz minha última postagem aqui, e de lá pra cá a vida deu tantas voltas. Muitas coisas aconteceram e deixaram de existir, depois voltaram a existir e agora nem sei mais como estão. Já prometi para mim mesma que deixaria de acreditar nas pessoas, mas parece que a promessa é sempre vã. É sempre a mesma coisa: a pessoa te fala que não vai ser mais daquele jeito, porém, não é verdade. Tudo volta a ser como antes, e ela só mentiu pra ti, ela só está mentindo na verdade. Chega uma hora no qual você não sabe mais no que e em quem acreditar. E isso não é tão simples. Você dá uma, duas, três, várias chances e a pessoa pega tudo isso e joga para o alto. Mas a vida é um pouco disso também. É uma mistura de atitudes com consequências, e no dia que sua consciência pesar, eu só tenho duas coisas a te dizer: sinto muito. E quando você quiser entrar novamente na minha vida, só poderei te dizer isso: eu recomecei, e você não faz parte desse recomeço, você ficou num passado, e desse passado meu bem, só restaram cinzas. 

segunda-feira, 25 de março de 2013

"Ser ou não ser: eis a questão."


"Ser ou não ser: eis a questão." Ou você é ou você não é. Mas o que é ser você mesmo? E o que não é ser você mesmo? Possuo um nome, tenho minhas características, minhas qualidades, meus defeitos; mas eu sou só isso? E se eu não tivesse características próprias? Em outras palavras: e se eu não tivesse minha personalidade? Eu deixaria de ser quem sou? Ou continuaria sendo a mesma, mas sem ser eu mesma? O que faz do ser humano ser ele mesmo? Somos diferenciados dos animais por causa da nossa racionalidade, porém, o que é ser racional? Será que ser racional é apenas ter a capacidade de pensar? Ou pensar de forma racional, usando a razão? E como se explica as atitudes tão "irracionais" que os seres humanos acabam tendo? Há uns dias estou tentando entender a origem do "eu", mas isso é um tanto complicado. Eu sou eu e você é você. Isso é fato. Mas se eu tivesse outro nome, deixaria de ser a mesma pessoa? E se eu tivesse outras características e possuísse o mesmo nome, também deixaria de ser a mesma pessoa? O que faz um ser humano ser ele mesmo? Será que são as suas atitudes, o seu jeito "diferente" de ser ou até mesmo sua autenticidade? Ser diferente é ir meio que contra ao que a sociedade estabelece, mas o que a sociedade estabelece é verdadeiramente certo? E em meio a tantos pensamentos e a pouquíssimas respostas, por enquanto só consegui chegar nessa conclusão: ser eu mesma sem saber quem eu sou.