quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

É só mais uma história.


Era apenas uma garota. Mais uma, talvez. Ela acreditava em fadas, em anjos, em um príncipe encantado que viria salvá-la das mãos do prisioneiro. Ela acreditava ainda no velho e esperado "viveram felizes para sempre." Ela era feliz, era feliz porque tinha um coração puro, um coração que era sempre capaz de amar e perdoar. Odiar? Invejar? Não! Estas palavras não faziam parte da sua vida, a mesma nem sequer sabia o seu significado. E ela acreditava em tudo isso e o simples fato de acreditar fazia com que fosse real. Bom, pelo menos no seu mundo era. Essa garota cresceu, tornou-se madura o suficiente para saber que contos de fadas não existem. Mas quem disse que ela ligava para isso? O tempo passou e o príncipe que as pessoas tanto esperavam não chegou. As fadas também não apareceram e os anjos sequer falaram com ela. E a doce menina? Bom, ela continuou acreditando. 
O tempo continuou passando e ela continuou acreditando. E não, não se cansava de acreditar. Os que estavam ao seu redor achavam que ela era louca, que ela era louca por acreditar em contos de fadas e principalmente por esperar que a vida dela fosse um. E quem disse que a mesma se importava com isso? E ela era feliz, era feliz porque não se importava com a opinião dos outros. O tempo nunca deixou de passar e ela nunca deixou de acreditar. Ela ia todos os dias para a floresta e depois voltava para casa. Ela via as fadas, os anjos e até mesmo seu príncipe encantado. E todos continuavam a achar que ela era louca, e enquanto isso ela era feliz. Enquanto todos a julgavam, ela era feliz. E ela era feliz porque aprendeu que a única pessoa que pode dar sentido a sua vida seria ela, que a única pessoa que podia transformar mágica em realidade, seria ela. E a mesma passou a ver o mundo de outra maneira. A Lua era sua fada (pra quem ela contava tudo), as estrelas eram seus anjos (pra quem ela pedia conselhos) e o seu príncipe encantado estava lá, porque ele procurava alguém como ela. Ele sempre estava lá, tão real quanto o sentimento que um tinha pelo outro. E ela? Ela era feliz, era feliz porque soube encontrar sua felicidade nas coisas mais simples. Ela não precisava de muito pra ser feliz, o que tinha já era suficiente. E eles? Eles foram felizes... Felizes para sempre...

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